domingo, 22 de março de 2009

Se eu Vivesse no séc. XVI …

Eu sou um humilde trabalhador, na qual não me dão o direito de escolha religiosa, querem que eu seja católico a toda a força.
A partir de agora começam a aparecer religiões consideradas anticristãs, como por exemplo o luteranismo.
É devido a esta situação que a própria comunidade cristã decorre a necessidade de institucionalizar a Inquisição.E assim, por todas as famílias, se vive um ambiente de perseguição aqui em Portugal.
Este tribunal era também utilizado em França, Espanha e Itália.
Os julgamentos eram realizados em segredo, sob tortura, e as penas infligidas variavam, desde multas, até à morte pelo fogo, passando pelo açoitamento e prisão.
Um dia, um amigo meu fez chegar até a mim um livro de Lutero e comecei a lê-lo, principalmente por uma questão de curiosidade, eu queria saber mais sobre esta nova religião.
Este meu amigo era um pouco ingénuo e acreditava facilmente na bondade das pessoas e com isso foi “caço” pela Inquisição.
Desde aí, nunca mais tive notícias dele…
Agora que sei que a Inquisição não está a brincar, percebi que tenho de fugir.
Não sei muito bem como, mas tenho…
Era noite e estava a ler um livro luterano quando ouvi um enorme barulho vindo de fora, fui ver, e erro meu deixei o livro em cima da mesa-de-cabeceira.
Era mais uma armadilha da Inquisição… Prenderam toda a gente para poder revistar as casas com maior facilidade.
Infelizmente também foram a minha casa e encontraram o livro de Lutero.
Acabaram imediatamente as buscas e centraram-se em mim… Fui vítima da inquisição, sendo torturado, mas não cedi, até que fui preso para no dia seguinte ir ao Auto de Fé.
Essa noite foi a pior de todas da minha vida, vi a Lua aos quadradinhos!
Até que ao meio da noite, senti gente a falar, eram judeus a preparar-se para fugir para a Holanda.
Chamei-os pela mini janela que a casa tinha e pedi-lhes ajuda, eles de boa vontade ajudaram-me, tinham umas ferramentas e partiram as grades, e assim consegui fugir!
Entrei para os seus barcos e desde aí senti uma sensação estranha, estranha mas boa!
Assim fui para a Holanda e comecei uma vida nova com todos os direitos e a liberdade que sempre quis ter!


Michel Lopes

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